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Em Key West há tempo para tudo. Ou seja, eles são uma espécie de baianos da América do Norte. Faz-se tudo lentamente. Devagar. Sem pressa. Gozando os prazeres da vida. Nem parece que a cidade ocupa o mesmo Estado que as elétricas Orlando e Miami. E, de fato, não ocupa mesmo, porque Key West é o último pedaço dos Estados Unidos ao sul do país, bem mais caribenha do que americana.
Quando se olha no mapa, notam-se uns respingos quando acaba a Flórida continental. São as keys, uma seqüência de ilhas interligadas pela estrada US1, que tem 43 pontes. A estrada começa em Miami e termina no cruzamento das ruas Fleming e Whitehead, depois de 180 quilômetros de percurso e pouco mais de duas horas de viagem.Quem mora em Key West é o quê? Não arrisque: conchs (pronuncia-se conc). Trata-se de um molusco que prolifera na região e que vive em cavernas submarinas. Os habitantes batizaram-se com esse mesmo nome, bastante curioso, por admitir que têm o mesmo comportamento encabrunhado do bicho mas só quando chegam os turistas em época de temporada.
O nome Key que significa chave, em inglês vem do espanhol caios (pequenas ilhas). Até 1821, os espanhóis dominaram Key West, que chamavam de Cayo Oesto, quando foi comprada por um rico fazendeiro americano do Alabama, por míseros 2 mil dólares.
Do século 17 ao século 19, Key West foi usada como base de piratas e contrabandistas, que ali depositavam os seus tesouros. Vários galeões foram afundados ali em meio às disputas por ouro e prata.
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